No meu trabalho artístico interesso-me pelo aspeto criativo e original da arte performativa e de tentar reiventar aquilo que aprendi, exprimindo a minha interpretação de variados temas. Colaborei na encenação, produção e interpretação de diversos espectáculos, a destacar: “Mães, Guerreiras, Amantes e outras Divindades Quotidianas” , “Á Luz do Véu”, “Noivas da Pérsia” e “Lendas Árabes Portuguesas”, apresentados em diversos auditórios e festivais nacionais desde 2003. Estes espetáculos partem da fusão do teatro da palavra com a dança. A linguagem física na qual o meu processo de trabalho se desenrola, é essencialmente a Dança Oriental, uma forma de dança milenar, cujas origens remontam a antigos rituais de fertilidade das sociedades matriarcais da antiguidade. No entanto, não são espetáculos apenas de dança oriental. Como artista, sinto a constante e frequente necessidade de inovar, reinventar, completar, e chamar outras formas de arte. Acredito assim, na ruptura com apenas uma determinada forma de movimento, e na mistura de diferentes linguagens.
Sendo esta uma forma de arte essecialmente feminina, é sempre a minha intenção celebrar essa feminilidade, nas suas inúmeras facetas.